Produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,37%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou inflação de 0,30% em junho deste ano. A taxa veio depois de uma deflação (queda de preços) de 0,25% em maio.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC acumula taxas de inflação de 0,36% no ano e de 2,35% em 12 meses.
Portanto, o INPC ficou acima da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,26% em junho e que acumula taxas de 0,10% no ano e 2,13% em 12 meses.
Em junho, segundo o INPC, os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,37%, enquanto os não alimentícios registraram inflação de 0,28%.
IPCA varia 0,26% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho foi de 0,26%, após a queda de 0,38% observada em maio. Desta forma, o indicador acumula alta de 0,10% no ano enquanto o acumulado em 12 meses é de 2,13%, acima dos 1,88% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2019, a taxa havia ficado em 0,01%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta em junho. O maior impacto (0,08 ponto percentual) veio de Alimentação e bebidas (0,38%), que acelerou em relação ao resultado de maio (0,24%). A segunda maior contribuição (0,06 p.p.) veio dos Transportes, cujos preços subiram 0,31% após a queda de 1,90% em maio.
Outros destaques foram os grupos Artigos de residência (1,30%), que apresentou a maior variação positiva no índice do mês, e Saúde e cuidados pessoais (0,35%). No lado das quedas, destaca-se a variação de Vestuário (-0,46%), que contribuiu com -0,02 p.p. no índice de junho. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,05% ocorrida em Despesas pessoais e a alta de 0,75% registrada no setor de Comunicação.
Em Alimentação e bebidas (0,38%), os alimentos para consumo no domicílio passaram de 0,33% em maio para 0,45% em junho, influenciados principalmente pela alta nos preços das carnes (1,19%) e do leite longa vida (2,33%). Outros itens importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz (2,74%), o feijão-carioca (4,96%) e o queijo (2,48%) também registraram variação positiva, contribuindo com 0,01 p.p. de impacto cada.
No lado das quedas, os destaques foram o tomate (-15,04%) e a cenoura (-8,88%), cujos preços já haviam recuado em maio (-7,34% e -14,95%, respectivamente).
A alimentação fora do domicílio também acelerou na passagem de maio (0,04%) para junho (0,22%), especialmente por conta do item lanche (1,01%), que contribuiu com 0,02 p.p. no IPCA de junho. A refeição (-0,07%), por sua vez, apresentou queda menos intensa na comparação com maio (-0,34%).
Transportes (0,31%) registrou variação positiva após quatro meses consecutivos de quedas, especialmente por conta da alta nos preços da gasolina (3,24%), maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). Etanol (5,74%), gás veicular (1,01%) e óleo diesel (0,04%) também registraram alta, levando o preço dos combustíveis a subir 3,37% (frente à variação de -4,56% registrada em maio).
No lado das quedas, os destaques foram as passagens aéreas (-26,01%), que apresentaram variação similar à observada em maio (-27,14%) e contribuíram com o maior impacto individual negativo no IPCA de junho (-0,11 p.p.). Além disso, o item transporte por aplicativo, após alta de 5,01% em maio, registrou -13,95% de variação e contribuiu com -0,03 p.p. no índice do mês.
Ainda em Transportes, o resultado do subitem metrô (1,43%) reflete o reajuste de 8,70% nas passagens do Rio de Janeiro (5,22%), vigente desde 11 de junho. A queda no subitem táxi (-0,35%), por sua vez, decorre do cancelamento, a partir de 22 de maio, do reajuste ocorrido no Rio de Janeiro (-1,64%) em janeiro.
A maior variação positiva no IPCA de junho veio dos Artigos de residência (1,30%), em função da alta dos eletrodomésticos e equipamentos (2,92%) e dos artigos de tv, som e informática (3,80%), que contribuíram com 0,02 p.p. e 0,03 p.p., respectivamente. Os itens de mobiliário (-1,33%) seguem em queda, embora a variação tenha sido menos intensa que a observada em maio (-3,17%).
Em Saúde e cuidados pessoais (0,35%), os destaques foram os produtos farmacêuticos, que subiram 1,44% e contribuíram com 0,05 p.p. no índice do mês, após queda de 1,16% no mês anterior.
A maior variação negativa (-0,46%) e o maior impacto negativo (-0,02 p.p.) no IPCA de junho vieram de Vestuário, que já havia apresentado queda no mês anterior (-0,58%). As roupas femininas (-0,95%), infantis (-0,41%) e os calçados e acessórios (-0,61%) registraram recuo nos preços, enquanto as joias e bijuterias subiram 0,54%, acumulando alta de 6,50% no ano.
Em Habitação (0,04%), destaca-se, por um lado, a variação positiva do gás de botijão (1,41%) e, por outro, a queda na energia elétrica residencial (-0,34%). Vale lembrar que, no dia 26 de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que irá manter a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, até o final deste ano. Em Curitiba (-0,42%), houve redução de 0,94% nas tarifas, em vigor desde 24 de junho.
Ainda em Habitação, o resultado do subitem gás encanado (-0,18%) é consequência da redução média de 2,60% nas tarifas do Rio de Janeiro (-0,09%), vigente desde 1º de maio, e da redução de 0,27% nas tarifas de São Paulo (-0,26%), válida desde 31 de maio. Por fim, ressalta-se que o item taxa de água e esgoto (0,18%) apresentou variação positiva em junho por conta da mudança na estrutura tarifária em Brasília (4,85%), implementada a partir de 1º de junho.
Em relação aos índices regionais, quatro das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram deflação em junho. O menor índice ficou com o município de São Luís (-0,35%), especialmente em função das quedas nos preços dos perfumes (-3,39%) e do tomate (-13,89%). Já o maior resultado foi verificado na região metropolitana de Curitiba (0,80%), por conta da alta nos preços da gasolina (7,01%) e do etanol (10,35%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base). Cabe lembrar que, em virtude do quadro de emergência de saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.
INPC fica em 0,30% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de junho apresentou variação de 0,30% contra -0,25% em maio. No ano, a variação acumulada foi de 0,36% e, nos últimos doze meses, o índice apresentou alta de 2,35%, acima dos 2,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2019, a taxa foi de 0,01%.
Produtos alimentícios tiveram alta de 0,37% em junho enquanto, no mês anterior, haviam registrado 0,40%. Já o agrupamento dos não alimentícios apresentou variação de 0,28%, após registrar queda de 0,44% em maio.
No que concerne aos índices regionais, a região metropolitana de Curitiba (0,86%) apresentou o maior resultado, principalmente em função das altas da gasolina (7,01%) e do etanol (10,35%). O menor índice, por sua vez, ficou com o município de São Luís (-0,39%), influenciado pelas quedas nos preços dos perfumes (-3,39%) e do tomate (-13,89%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de maio a 30 de junho de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 28 de maio de 2020 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Fontes: Agência Brasil e IBGE