É o que demonstra estudo do nosso âncora.
Grande diferença entre taxa básica e as taxas de juros cobradas aos consumidores que na média da pessoa física atingem 95,34% ao ano provocam uma diferença de mais de 3.300,00% ao ano entre as duas pontas.
A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida pelo Banco Central, terá impacto pequeno sobre as taxas cobradas dos consumidores e das empresas, demonstra nosso âncora Miguel José Ribeiro de Oliveira no estudo para Anefac. Isso porque existe uma diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o que dilui o impacto na ponta final.
Segundo Ribeiro de Oliveira, o juro médio para as pessoas físicas passará de 95,34% para 96,67% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 42,85% para 43,85% ao ano. A Selic passou de 2,75% para 3,5% ao ano.
Apesar do impacto pequeno nas taxas médias, os consumidores e as empresas gastarão mais para contratarem linhas de crédito, conforme as simulações detalhadas da entidade. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, por exemplo, o comprador desembolsará R$ 6,82 a mais com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,40 a mais.
Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,80 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 21,79 a mais após o pagamento da última parcela. Caso seja feita em financeira, a operação sairá R$ 14,25 mais cara. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 15,56 a mais por parcela e R$ 933,50 a mais no total da operação.
Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 92,06 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 36,95 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e apenas R$ 4 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.