BB emitiu comunicado em que reconhece busca por diálogo. A CEF ainda não emitiu nota sobre o tema. Já Febraban reafirma apoio ao manifesto A Praça é dos Três Poderes. Confira a íntegra do manifesto empresarial encaminhado a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.
Depois de quase uma semana de impasse, o Banco do Brasil (BB) confirmou que não pretende sair da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Em nota, a instituição financeira informou que, após negociações, o BB reafirmou o respeito pelos outros bancos e pela história construída pela federação em mais de 50 anos de existência.
“Chegamos a um entendimento que é fruto de discussões respeitosas entre as partes e que não inibe a livre expressão de qualquer membro da federação. O comunicado da Febraban, por um lado, reafirmou sua convicção pelo conteúdo pacífico e equilibrado do manifesto e, por outro, acena ao BB e à CEF [Caixa Econômica Federal] quando registra a desvinculação do movimento liderado pela Fiesp, contribuindo para a solução do impasse”, informou o presidente do BB, Fausto Ribeiro, no comunicado.
No último fim de semana, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal haviam ameaçado se desassociar da Febraban, após o anúncio de que a entidade pretendia publicar em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) um manifesto em defesa da democracia e da harmonia entre os Poderes. O documento não chegou a ser publicado após a decisão da Fiesp de adiar a divulgação para depois do feriado de Sete de Setembro.
Tanto o Banco do Brasil como a Caixa são fundadores da Febraban. No texto, o BB informou acreditar que o episódio contribuirá para reforçar mecanismos internos da Febraban que favoreçam o diálogo e reforcem o papel da entidade como agente para o desenvolvimento do país. A Caixa ainda não emitiu nota sobre o assunto.
Febraban reafirma apoio ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”
A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) fez um comunicado destacado em seu site https://portal.febraban.org.br/ em que reafirma o apoio emprestado ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes”, dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.
Confira a íntegra do manifesto
“A praça dos três Poderes encarna a representação arquitetônica da independência e harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, essência da República. Esse espaço foi construído formando um triângulo equilátero, cujos vértices são os edifícios-sede de cada um dos poderes.
Esta disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia tem de ser a regra entre eles.
Este princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição nos impõe.
As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas.
O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população.
Mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira.
. Com Agência Brasil