Resistência mútua. Os atos de protesto no domingo, ocorrido nas principais capitais do país, convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro não contou com a grande adesão que se esperava.
A principal resistência a comparecer veio do PT e de movimentos próximos ao petismo, como a Central Única dos Trabalhadores. Essas entidades são adversárias de MBL e Vem Pra Rua desde a campanha pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Uma pesquisa com os participantes do ato da Avenida Paulista de domingo mostra que a resistência é mútua: embora 85% dos entrevistados tenham concordado que “para o impeachment de Bolsonaro, é preciso uma ampla aliança que vai da direita à esquerda”, 38% disseram que não participariam de uma manifestação junto com o PT.
Outros 33% responderam que não ocupariam as ruas ao lado da CUT, e 31% não protestariam com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Essa pesquisa coordenada pelos professores da Universidade de São Paulo (USP) Pablo Ortellado e Márcio Moretto, que entrevistou 841 manifestantes e tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, foi destacada pelo pelo site BBC News Brasil.
O levantamento entrevistou 841 manifestantes e tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.