Acompanhe
avaliação do cenário e orientação ao consumidor sobre a expectativa de aumento
geral dos juros do crédito.
Miguel José Ribeiro de Oliveira
Nesta semana, na terça e quarta-feira, o Banco
Central estará reunido através do seu Comitê de Política Monetária, o Copom,
para definir a Selic, Taxa Básica de Juros. Frente à inflação mais elevada que
estamos vivenciando, batendo recorde em cima de recorde no mês, a nossa
previsão é que a Taxa Básica de Juros, a
Selic, aumente 1 ponto percentual, ou seja, 100 pontos base, de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano.
Inevitavelmente, as operações de crédito vão ficar
mais caras, porque aumentando a Selic, sobem automaticamente as taxas de juros
das operações de crédito e o mesmo vai acontecer com as operações financeiras
lastreadas em juros, ou seja, os fundos de renda fixa e a poupança passam a
render um pouco mais.
Então, juros mais altos significam uma economia
crescendo menos e um endividamento maior. Então, mais do que nunca, o
consumidor deve tomar cuidado para se endividar. O consumidor deve pesquisar
muito os preços, porque há uma variação
muito grande da taxa de juros de banco para banco e de linha de crédito para
linha de crédito.
Importante ter em vista que as taxas de juros vão
continuar subindo. Essa não deve ser a última elevação da Selic neste ano diante
de um cenário em que a inflação se apresenta desafiadora.
Temos ainda a expectativa nos próximos dias de que o
Banco Central americano vai subir fortemente a sua taxa de juro, o que terá
impacto aqui. Temos a questão da guerra na Ucrânia, a questão do
desabastecimento de linha da cadeia produtiva por conta do impacto da pandemia
com a quarentena na China.
Então, nós vamos ter grandes desafios durante este
ano. Além disso, temos um ano eleitoral. Isso também acaba mexendo um pouco com
as expectativas do mercado sobre o cenário econômico.