Todas as linhas de crédito tiveram suas taxas de juros elevadas em março.
“A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,07 ponto percentual no mês (1,55 ponto percentual no ano), correspondente a uma elevação de 1,23% no mês (1,65% em doze meses), passando de 5,67% ao mês (92,83% ao ano) em fevereiro para 5,74% ao mês (95,38% ao ano) em março, sendo esta a maior taxa de juros desde março/2020.”
É o que demonstra a pesquisa de juros da Anefac, realizada pelo nosso âncoraMiguel José Ribeiro de Oliveira. O vilão continua a ser cartão de crédito: aumentou 1,76%. Subiu de 11,34% ao mês (262,92% ao ano) para 11,54% (270,82% ao ano). O segundo no ranking dos juros elevados: cheque especial. Subiu de 7,16% (129,29% ao ano) para 7,20% ao mês (130,32% ao ano).
Confira as taxas de juros de cada modalidade.
Em relação à pessoa jurídica, todas as linhas de crédito pesquisadas também tiveram suas taxas de juros elevadas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,06 ponto percentual em março. Aumentou de 2,96% ao mês (41,91% ao ano) em fevereiro para R$ 3,02% (42,01% ao ano) em março.
Confira.
Fatores atribuídos às elevações da taxas de juros
Estas elevações podem ser atribuídas aos seguintes fatores:
A) Aumento dos juros futuros;
B) Expectativa de novas elevações da taxa básica de juros frente a uma inflação maior;
C) Expectativas com a provável elevação dos índices de inadimplência por conta dos fatores abaixo;
* Fim das carências nos empréstimos (pausas e carência nas negociações de dívidas);
* Desemprego elevado;
* Fim do pagamento dos auxílios emergenciais;
* Elevação da inflação e seus efeitos na renda;
* Maior seletividade dos bancos na concessão de crédito.
D) Anuncio das elevações dos impostos das instituições financeiras – CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido em 2021.
Perspectivas para os próximos meses
“Tendo em vista a piora do cenário econômico com maior risco de crédito e da elevação da inadimplência, bem como com as prováveis novas elevações da taxa básica de juros (Selic) frente a uma inflação maior, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito continuem sendo elevadas nos próximos meses.”