Em geral, os juros cobrados ao consumidor seguem muito elevados
Das seis linhas de crédito pesquisadas, duas mantiveram suas taxas de juros no mês de junho: a linha do comércio que teve a taxa média de 4,72% (73,92% ao ano) e a do CDC – bancos – financiamento de automóveis com a taxa média de 1,40% (18,16% ao ano). As outras quatro linhas de crédito tiveram suas taxas de juros reduzidas.
A taxa média geral de juros passou de 5,69% (94,27% ao ano) em maio para 5,65% (93,39% ao ano) em junho.
Assim, as taxas de juros em geral cobradas ao consumidor seguem muito elevadas, segundo a pesquisa mensal de juros da Anefac, realizada pelo nosso âncora Miguel Ribeiro de Oliveira.
Como grande vilão, o cartão de crédito passou de 257,48% ao ano em maio para 255,94% ao ano em junho.
Em seguida no ranking, o cheque especial caiu de 131,10% ao ano em maio para 128,52% ao ano em junho.
Já a taxa de juros para pessoa jurídica foram reduzidas em todas as suas linhas de crédito. A taxa média geral passou de 3,06% ao mês (43,58% ao ano) em maio para 3,% ao mês (42,58% ao ano) em junho.
É o que demonstra a pesquisa mensal de juros da Anefac, realizada pelo nosso âncora Miguel Ribeiro de Oliveira.
Para receber a íntegra da pesquisa de juros, envie sua solicitação para ideia@vidaeconomica.com.br
Confira os juros cobrados ao consumidor no gráfico.
Acompanhe a introdução da pesquisa de juros.
“As taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser reduzidas em junho de 2020.
Estas reduções podem ser atribuídas aos seguintes fatores:
* Redução da Taxa Básica de Juros (SELIC) promovida pelo Banco Central em sua última reunião do COPOM;
* Expectativa de novas reduções da Taxa Básica de juros frente a um cenário de inflação baixa e recessão econômica;
* Redução dos depósitos compulsórios promovida pelo Banco Central;
* Operações de crédito com juros baixos e aportes do governo para pagamento das folhas das empresas pequenas e médias;
* Renegociação de dívidas com juros menores;
* Redução de juros para não agravar ainda mais o quadro de inadimplência e solvência das empresas e pessoas físicas.
Pessoa Física
Das (6) seis linhas de crédito pesquisadas, duas mantiveram suas taxas de juros no mês (juros do comércio e CDC – bancos – financiamento de automóveis) e as demais tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,04 ponto percentual no mês (0,88 ponto percentual no ano), correspondente a uma redução de 0,70% no mês (0,93% em doze meses), passando de 5,69% ao mês (94,27% ao ano) em maio/2020 para 5,65% ao mês (93,39% ao ano) em junho/2019, sendo esta a menor taxa de juros desde dezembro/2013.
Pessoa Jurídica
Todas as linhas de crédito pesquisadas tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,06 ponto percentual no mês (1,00 ponto percentual no ano), correspondente a uma redução de 1,96% no mês (2,29% em doze meses), passando de 3,06% ao mês (43,58% ao ano) em maio/2020 para 3,00% ao mês (42,58% ao ano) em junho/2020, sendo esta a menor taxa de juros da série histórica.
Taxa de juros x Selic
Considerando todas as elevações e reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março/2013, tivemos neste período (março/2013 a junho/2020) uma redução da Selic de 5,00 pontos percentuais (redução de 68,97%) de 7,25% ao ano em abril/2013 para 2,25% ao ano em junho/2020.
Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 5,42 pontos percentuais (elevação de 6,16%) de 87,97% ao ano em março/2013 para 93,39% ao ano em junho/2020.
Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve uma redução de 1,00 ponto percentual (redução de 2,29%) de 43,58% ao ano em março/2013 para 42,58% ao ano em junho/2020.
Perspectivas para os próximos meses
Tendo em vista a piora do cenário econômico com maior risco de crédito e da elevação da inadimplência, a tendência é que as taxas de juros possam ser elevadas nos próximos meses.
Entretanto, algumas ações do Banco Central podem amenizar estas altas como redução de impostos, compulsórios e reduções da Taxa Básica de Juros. “