O presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, ressalta que a performance do ramo de consórcios tem melhorado devido a uma mudança de mentalidade dos consumidores, que têm tido um senso maior de responsabilidade quanto às próprias finanças. Para ele, ao adotar esse comportamento, passam a ver o consórcio “como alternativa para realização dos sonhos de consumo”.
No ano, setor movimentou R$ 110 bilhões
O ramo de consórcios encerrou o mês de outubro com resultado positivo. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), houve um aumento de 12,8% nas adesões, em relação ao mesmo período do ano passado.
Com uma movimentação de cerca de R$ 110 bilhões até outubro, o volume de 2,38 milhões de novas cotas vendidas marcou um recorde na série histórica, elaborada desde 2015. De janeiro a outubro de 2018, o balanço da Abac indicou um total de 2,11 milhões de cotas adquiridas e um faturamento de R$ 85,81 bilhões.
O final de ano representa, em geral, uma época em que muitas pessoas cogitam participar de consórcios, a fim de obter um bem ou serviço, segundo a Abac. A expectativa, portanto, é de que os 7,35 milhões de consorciados ativos, contabilizados pelo Sistema de Consórcios até outubro, devem crescer.
Cotas para aquisição de veículos leves, como automóveis, equivalem a mais da metade do total – Arquivo/Agência Brasil
Para o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, este ano um dos fatores que devem estimular mais ainda as adesões é a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de até R$ 500 por conta ativa ou inativa. Uma nova etapa para os saques foi iniciada na última sexta-feira (22), atendendo a trabalhadores nascidos em junho e julho.
Cotas
De acordo com o relatório da Abac, as cotas para aquisição de veículos leves, como automóveis, caminhonetes e utilitários, equivalem a mais da metade (50,2%) do total. Na sequência, aparecem as cotas para motocicletas e motonetas, com 29,5%; imóveis, com 13,6%; e veículos pesados, com 4,5%. As menores proporções foram observadas entre as cotas de serviços (1,4%) e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (0,8%).
Embora tenham respondido pela menor parcela, as cotas de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis foram as que apresentaram maior crescimento, de 2018 para 2019. No acumulado de janeiro a outubro, as vendas desse tipo de cota tiveram alta de 90,9%. A variação nas cotas de serviço vem em segundo lugar, com 50,2%, seguida pela de veículos pesados (32,5%), imóveis (20,1%), veículos leves (11,2%) e motocicletas (7,5%). Com os aumentos apontados em veículos leves, veículos pesados e motocicletas, o segmento de automotores registrou alta de 10,4%.
As cotas de eletroeletrônicos duráveis foram as que apresentaram maior crescimento de 2018 para 2019 – Arquivo/Agência Brasil
Paulo Roberto Rossi ressalta, ainda, que a performance do ramo de consórcios tem melhorado devido a uma mudança de mentalidade dos consumidores, que, segundo ele, têm tido um senso maior de responsabilidade quanto às próprias finanças. Para ele, ao adotar esse comportamento, passam a ver o consórcio “como alternativa para realização dos sonhos de consumo”.
Letycia Bond
Agência Brasil