Com grande repercussão, estudo pioneiro do nosso âncora Miguel José Ribeiro de Oliveira na Anefac, demonstra efeito muito pequeno da elevação da Selic nos juros cobrados ao consumidor. Acompanhe matéria da Agência Brasil.
A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida ontem (17) pelo Banco Central, terá impacto pequeno sobre as taxas cobradas dos consumidores e das empresas, avalia a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Segundo a entidade, existe uma diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o que dilui o impacto na ponta.
Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 93,76% para 95,08% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 41,97% para 42,96% ao ano. A Selic passou de 2% para 2,75% ao ano.
Apesar do impacto pequeno nas taxas médias, os consumidores e as empresas gastarão mais para contratar linhas de crédito, conforme as simulações detalhadas da entidade. No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 6,82 a mais com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,40 a mais.
Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,80 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 21,75 a mais após o pagamento da última parcela. Caso seja feita em financeira, a operação sairá R$ 14,23 mais cara. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 15,43 a mais por parcela e R$ 925,63 a mais no total da operação.
Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 91,99 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 36,92 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e apenas R$ 4 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.
Wellton Máximo
Agência Brasil