Cálculo é da Fecomércio, e valor ainda está crescendo
A falta de eletricidade que afeta a cidade de São Paulo já gerou prejuízo de R$ 1,650 bilhão aos setores do varejo e de serviços. A informação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio SP), e considera o faturamento perdido desde a noite de sexta-feira (11).
A Fecomércio acredita que esse valor deve aumentar, já que a concessionária Enel ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno total do serviço aos imóveis que dependem da rede.
Os números da Fecomercio apontam que só o varejo paulistano teve prejuízos de R$ 536 milhões. No setor de serviços, as perdas somam R$ 1,1 bilhão. E acrescenta que os estabelecimentos ainda têm gastos extras, como a locação de geradores.
A entidade alega que a cidade não pode ficar tanto tempo sem eletricidade nesses episódios, lembrando que, em novembro do ano passado, o restabelecimento total do serviço durou uma semana.
E a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou a Enel sobre plano emergencial e canal de comunicação com consumidores. A Secretaria também solicita da empresa esclarecimentos sobre o número exato de pessoas atingidas pelo apagão.
Os questionamentos da Senacon, que é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, foram anunciados nessa segunda-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília. O secretário da Pasta, Wadih Damous, afirmou que a postura do governo será firme e que o corte do fornecimento não será tratado como um evento isolado. A Senacon chegou a aplicar uma multa de R$ 3 milhões à Enel, que recorreu da decisão e não pagou.
A crítica também recai sobre a terceirização de serviços por parte da Enel. Segundo a Senacon, uma das razões principais para a aplicação da multa em 2023 foi a falta de investimento adequado da empresa em manutenção e prevenção.
A prefeitura da capital paulista também está na mira da Senacon, que vai solicitar informações oficiais da gestão municipal sobre poda das árvores, já que a queda de galhos é responsável por várias situações de estragos na fiação elétrica.
Agêbcia Brasil e Fecomércio SP