Aplicativos de bancos enfrentaram instabilidade
Nos cinco primeiros dias de cadastramento, 24.821.312 chaves foram registradas no Pix, o novo sistema de pagamentos instantâneos operados pelo Banco Central (BC) que começará a funcionar em 16 de novembro. O volume foi registrado das 9h de segunda-feira (5) até as 18h de sexta-feira (9).
As chaves do Pix são uma combinação para que o cliente – pessoa física ou jurídica – possa pagar e receber dinheiro em até dez segundos. A chave é composta por uma das três informações, número de celular, e-mail ou CPF/CNPJ, que o correntista deverá digitar para fazer as transações.
Caso o cliente não queira cadastrar o celular, o e-mail, o CPF ou o CNPJ, pode pedir ao banco um EVP (sequência de 32 dígitos) como chave do Pix. Essa chave serve como apelido para identificar as contas do novo sistema de pagamentos.
Golpes
Nesta primeira semana, criminosos aproveitaram para criarem sites falsos de cadastramento das chaves do Pix. Os links são enviados por SMS, redes sociais ou e-mail. Onde será solicitado o download de aplicações maliciosas que dão acesso remoto ao aparelho das vitimas para captura de dados. Ao clicar em uma dessas páginas, o usuário desavisado preenche um cadastro falso e insere dados pessoais ou baixa um aplicativo malicioso que dá acesso remoto de criminosos ao aparelho e rouba informações pessoais.
O Banco Central orienta os clientes a cadastrarem as chaves Pix apenas nos canais oficiais das instituições financeiras. O registro é feito somente nos aplicativos ou nos sites das próprias instituições dos bancos, das fintechs (startups do sistema financeiro), das cooperativas de crédito e das financeiras.
Custos
Para as pessoas físicas e para os microempreendedores, as transações serão gratuitas, exceto nos casos de recebimento de dinheiro pela venda de bens e de serviços. As pessoas jurídicas arcarão com custos. As tarifas dependerão de cada instituição financeira, mas o BC estima que será R$ 0,01 a cada dez transações.
O Pix servirá não apenas para transferências instantâneas de dinheiro como poderá ser usado para o pagamento de boletos, de contas de luz, de impostos e para compras no comércio. Com a ferramenta, será possível o cliente sacar dinheiro no comércio, ao transferir o valor desejado para o Pix de um estabelecimento e retirar as cédulas no caixa.
Wellton Máximo
Agência Brasil
05 – 10 – Começa hoje registro de chaves digitais do Pix
Cliente poderá cadastrar e-mail, telefone ou CPF e CNPJ
Novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), previsto para começar a funcionar em novembro, o Pix entrará oficialmente em teste nesta segunda-feira (5). A partir de hoje, os clientes poderão registrar as chaves digitais de endereçamento para enviar ou receber recursos em 644 instituições financeiras.
Segundo o BC, as chaves são o “método fácil e ágil” de identificação do recebedor. Desta forma, o pagador não precisará de dados como número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência.
Para cadastrar a chave, basta acessar o aplicativo da instituição em que tem conta e fazer o registro, vinculando a uma conta específica uma das três informações: número de telefone celular, e-mail ou CPF/CNPJ. As informações serão armazenadas em uma plataforma tecnológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Transacionais (DICT), um dos componentes do Pix.
Anteriormente previsto para iniciar em 3 de novembro, o registro das Chaves Pix foi antecipado para que os clientes e as instituições tenham mais tempo para se familiarizar com o novo sistema. Estarão disponíveis antecipadamente todas as funcionalidades para a gestão das chaves, como registro, exclusão, alteração, reivindicação de posse e portabilidade. As regras específicas constam de regulamento publicado pelo BC em agosto.
Neste período antecipado, a participação das instituições financeiras e de pagamentos no registro das chaves ocorre de forma facultativa. O único pré-requisito exigido é a conclusão bem-sucedida da etapa de homologação.
Operação
O Pix funcionará 24 horas por dia e reduzirá para 10 segundos o tempo de liquidação de pagamentos entre estabelecimentos com conta em bancos e instituições diferentes. As transações poderão ser feitas por meio de QR Code (versão avançada do código de barras lida pela câmera do celular) ou com base na chave cadastrada.
A nova ferramenta trará agilidade em relação a sistemas atuais de pagamento, como a transferência eletrônica disponível (TED), que leva até duas horas para ser compensada, e o documento de ordem de crédito (DOC), liquidado apenas no dia útil seguinte.
No caso de empresas, a plataforma traz vantagens em relação ao pagamento por cartão de débito. Isso porque o consumidor pagante não precisará ter conta em banco, como ocorre com os cartões. Bastará abastecer a carteira digital do Pix para enviar e receber dinheiro.
Cronograma
5 de outubro: Início do processo de registro de chaves de endereçamento
3 de novembro: Início da operação restrita do Pix
16 de novembro: Lançamento do Pix para toda a população
* Colaborou Kelly Oliveira
04 – 10 – Clientes podem fazer cadastro no Pix a partir de segunda-feira
O novo sistema será gratuito para pessoas físicas
A partir de segunda-feira (5) será possível se cadastrar para usar o Pix, novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas, gratuito para pessoas físicas. Os usuários poderão cadastrar de uma até cinco chaves associadas a uma conta bancária que vão permitir o uso do novo sistema de forma mais rápida e direta. Com a chave é possível localizar o destinatário do pagamento sem outros dados de identificação. As transações podem ser feitas pelos aplicativos de bancos e de pagamentos para telefone celular ou pelo internet banking em computadores.
Poderão ser usados como chave o CPF, o CNPJ, o número de celular, o endereço de correio eletrônico (e-mail) ou um código de 32 dígitos gerado especificamente para o Pix (EVP). Basta informar a chave do beneficiário para que o sistema localize o beneficiário do pagamento e realize a transação. No caso de não ter uma chave, o usuário precisará repassar os dados bancários ao outro envolvido na transação.
Imediato
As transações feitas pelo sistema serão compensadas instantaneamente. Apenas nos casos em que houve suspeita de fraude os pagamentos ou transferências podem demorar até 30 minutos para serem verificados.
O código EVP vai permitir a geração de códigos de barra do tipo QR Code, que podem ser lidos por câmera de celular para fazer pagamentos. Os códigos podem ser fixos, com um mesmo valor de venda (em locais de preço único), ou variáveis, sendo criados para cada venda.
Os valores que poderão ser transacionados pelo novo sistema vão variar de acordo com o perfil de cada cliente, do mesmo modo que com outros serviços bancários. Os limites variam de no mínimo, segundo a regulamentação do Banco Central, de 50% do valor das transferências tipo TED até o valor autorizado para compras em débito.
Os limites vão variar de acordo com o dia da semana e o horário em que for utilizado o serviço. Porém, o Pix vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.
Início do funcionamento
O sistema vai entrar em operação, em uma fase experimental, a partir do dia 3 de novembro. Nessa etapa, vai funcionar apenas para um número reduzido de clientes e em um horário limitado. Ainda não foram definidos os critérios que determinaram como serão escolhidos os usuários nessa fase experimental.
O sistema será aberto para toda a população a partir de 16 de novembro.
Receitas dos bancos
Apesar do novo sistema substituir em parte as transferências por DOC e TED, a Federação Brasileira de Bancos não espera queda nas receitas das instituições financeiras. A avaliação dos bancos é que grande parte (60%) das contas de pessoas físicas já têm isenções tarifárias. Além disso, há um gasto significativo em logística para garantir a distribuição de dinheiro nas agências e caixas eletrônicos, que podem ser reduzidos caso haja uma boa adesão à nova plataforma.
A estimativa da entidade é que os bancos gastem R$ 10 bilhões por ano apenas com a logística de locomoção do dinheiro, que tem que ser levado de avião para algumas localidades. Esse montante não leva em consideração os valores pagos com medidas de segurança.
Os bancos esperam aumentar o número de pessoas com conta bancária a partir desse novo serviço.
Daniel Mello
Agência Brasil