Atingem 9,56 mi com R$115 bi em negócios
Recente programa de desconto favorece mais de 430 mil consorciados contemplados na compra de veículos zero quilômetro
“Com quase um semestre de negócios completado, o Sistema de Consórcios manteve permanente ritmo de crescimento. Entre as principais explicações sobre esse constante progresso está a maior consciência sobre educação financeira do consumidor. Com mais planejamento em suas compras, ele, o consumidor, tem procurado não se levar pelos impulsos dos imediatismos nas compras, assumindo apenas aqueles compromissos capazes de serem suportados no orçamento mensal”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
Depois de quinze meses consecutivos de crescimento no total de participantes ativos, desde janeiro de 2022 até março de 2023, o Sistema de Consórcios só anotou uma retração em abril último, com 9,44 milhões. Voltou a avançar em maio, registrando 9,56 milhões de consorciados, com novo recorde histórico do segmento. Houve aumento de 10,9% sobre 8,62 milhões, relativos ao mesmo mês do ano passado.
O acumulado de vendas de novas cotas avançou nos primeiros cinco meses deste ano quando comparado ao do ano passado. A soma de janeiro a maio alcançou 1,63 milhão de contratos comercializados contra 1,50 milhão do mesmo período de 2022, com alta de 8,7%. Os principais destaques nas comercializações foram os percentuais de crescimento anotados nos consórcios de imóveis, com 17,3%, e nos de veículos pesados, com 15,3%.
Na somatória das novas vendas houve 642,72 mil em veículos leves; 537,72 mil em motocicletas; 276,99 mil em imóveis; 110,24 mil em veículos pesados, 39,06 mil em eletroeletrônicos; e 20,13 mil em serviços.
O volume de negócios, resultantes desses contratos de adesão, atingiu R$ 115,52 bilhões, 20,2% acima dos R$ 96,13 bilhões anteriores.
Ao demonstrar uma procura por créditos maiores, o tíquete médio de maio chegou a R$ 75,77 mil, 13,9% superior aos R$ 66,53 mil daquele mês no ano passado.
Nos últimos cinco anos, foi observado crescimento real de 24,9% entre os tíquetes médios dos meses de maio, já descontada a inflação (IPCA) de 28,0% do período, que apontou aumento de R$ 47,40, em 2019, para R$ 75,77, em 2023.
O avanço nominal de 59,9% pode ser atribuído, entre outros fatores, aos novos comportamentos relativos ao conhecimento da essência da educação financeira, agregado à gestão das finanças pessoais, e à gradativa melhoria do salário médio anual do brasileiro, observada pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Paralelamente, o acumulado de consorciados contemplados de janeiro a maio totalizou 673,20 mil, 8,6% maior que as 619,88 mil, verificado naqueles cinco meses do ano passado, proporcionando liberações de créditos para as potenciais aquisições.
Entre os consorciados contemplados por sorteio ou por lance, nesse período, foram observados 301,59 mil de motocicletas; 258,18 mil de veículos leves; 42,37 mil de imóveis; 29,63 mil de veículos pesados; 21,05 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 20,40 mil de serviços.
Na soma dos créditos concedidos nas contemplações, momentos de concretização dos objetivos dos consorciados, foram R$ 33,29 bilhões, potencialmente injetados nos diversos mercados onde a modalidade está presente, com 18,1% mais que os R$ 28,19 bilhões anteriores.
Os 9,56 milhões de consorciados ativos constatados em maio deste ano acompanham a tendência de crescimento observada ano após ano, de 2014 a 2022.
“Com quase um semestre de negócios completado, o Sistema de Consórcios manteve permanente ritmo de crescimento. Entre as principais explicações sobre esse constante progresso está a maior consciência sobre educação financeira do consumidor. Com mais planejamento em suas compras, ele, o consumidor, tem procurado não se levar pelos impulsos dos imediatismos nas compras, assumindo apenas aqueles compromissos capazes de serem suportados no orçamento mensal”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
“Ao ter em mente que a boa gestão das finanças pessoais permitirá primeiro a realização das despesas obrigatórias, com a sobra será possível a conquista de objetivos pessoais, profissionais, familiares e até empresariais. Completa, afirmando que “os interessados têm optado pela adesão ao consórcio objetivando à aquisição de bens ou contratação de serviços considerando o menor custo final, prazos mais longos e, principalmente, pela manutenção do poder de compra”.
Recente programa de desconto favorece mais de 439 mil consorciados contemplados na compra de veículos zero quilômetro
No Programa de Desconto para aquisição de carros, ônibus e caminhões, recentemente criado pela Medida Provisória nº 1175/2023, o objetivo de baratear o preço de venda dos veículos deverá estimular o consumidor a adquirir automóveis e veículos comerciais zero quilômetro. Trata-se, para aqueles consumidores que optaram pelo Sistema de Consórcios, já contemplados e com os créditos disponíveis, de um momento bastante propício para a compra do seu veículo, uma vez que, dependendo do modelo escolhido, haverá uma economia interessante quando examinada a relação valor da carta de crédito e valor do bem.
Além de aproveitar os descontos, considerando os quatro critérios estabelecidos – fonte de energia, consumo energético, preço e densidade produtiva, que variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil, os consorciados poderão utilizar os valores liberados por ocasião da contemplação e maximizar a economia ao aproveitar melhor os pacotes de incentivo divulgados pelas montadoras.
“Além de usufruírem das características exclusivas do Sistema de Consórcios como ausência de juros, mas apenas taxa de administração, prazos mais longos para pagamento e custo final menor, entre outros”, destaca Rossi, “os contemplados poderão se valer do poder de compra ou de barganha para concretizar melhor seus negócios e economizando mais”. Rossi lembra que “estar de posse de carta de crédito é o mesmo que ter dinheiro na mão para compra à vista”.
Os consorciados contemplados no Sistema de Consórcios, que ainda não utilizarem seus créditos, confirmam a modalidade como instrumento de planejamento de compra e de gestão de finanças pessoais, ao contribuir na disciplina de poupar para uso, por exemplo, no momento atual.
De acordo com a ABAC, baseada em dados de abril do Banco Central, há atualmente quase 433 mil cotas ativas de veículos leves e pesados, com créditos pendentes de utilização e valores variados, cujos consorciados poderão transformá-los em veículos novos com todas os diferenciais positivos do Sistema de Consórcios. “Por se tratar de um momento único, cuja oportunidade tem prazo de validade”, diz o presidente executivo da ABAC, “a compra não deve ser deixada para o final do prazo, em razão do possível término do valor autorizado de R$ 1,5 bilhão em poucas semanas”.
Paralelamente, a comercialização de autos zero km deverá provocar negócios também com seminovos, para os quais os valores disponibilizados pelas contemplações poderão ser utilizados “dando um upgrade no ano e no modelo do novo veículo”, complementa Rossi.
Para o setor de pesados, onde estão incluídos os caminhões voltados para o transporte dos mais variados tipos de produtos, e os ônibus, destinados ao transporte de passageiros, os critérios estabelecidos são a capacidade em termos de volumes para os caminhões, e de lotação no caso dos ônibus. Em paralelo, os valores serão de R$ 33 mil a R$ 99 mil, condicionados à entrega do usado.
“Vale destacar que as quase 55 mil cotas de consórcio ativas desse setor, com créditos pendentes de utilização e valores variados, permitirão aos consorciados a obtenção dos mesmos benefícios oferecidos aos veículos leves”, conclui.
Consórcios marcam sempre presença na produção
Ao longo dos anos, o Sistema de Consórcios tem como um de seus principais objetivos, além das realizações dos consorciados, ser importante no planejamento da produção industrial nos mais diversos segmentos da economia onde está presente, comprovando seu alcance no desenvolvimento do país.
Os consórcios estão em setores como o de duas rodas que, somente no primeiro quadrimestre de contemplações, apontou a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a potencial presença esteve também em um a cada dois veículos leves vendidos no país.
Outro exemplo de participação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, onde o mecanismo marcou quase uma a cada duas comercializações de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes com destaque para uso no agronegócio.
A consistência dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovada pelos totais de créditos concedidos e potencialmente inseridos, como nos mercados de veículos automotores e imobiliário. Nas liberações acumuladas de janeiro a maio, o Sistema de Consórcios atingiu 51,3% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 47,2% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 46,3%, no período.
No segmento imobiliário, somente no primeiro quadrimestre deste ano, as contemplações representaram potenciais 16,5% de participação no total de 212,48 mil imóveis financiados, incluindo os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada seis comercializados.
Dos 9,56 milhões de consorciados ativos, os consórcios assinalaram aumentos de 27,0% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 24,9% nos veículos pesados; 19,1% nos imóveis; 13,2% nas motocicletas; 4,4% nos veículos leves; e 3,6% nos serviços.
Em cada um dos setores, onde o mecanismo está presente, a totalização de cotas ativas ficou assim distribuída: 44,0% nos veículos leves; 28,2% nas motocicletas; 15,7% nos imóveis; 7,1% nos veículos pesados; 2,9% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 2,1% nos serviços.
Nas adesões aos consórcios acumuladas de janeiro a maio, ao longo dos últimos dez anos, verificou-se que as de 2023, com 1,63 milhão de adesões, foram as melhores da década.
Entre os consorciados contemplados, nos mesmos cinco meses deste ano, também durante a última década, foi possível conferir que as 673,30 mil foram a melhor somatória alcançada.
Nos cinco meses iniciais do ano, observou-se uma economia brasileira em busca de ajustes em diversas áreas de importância para, por exemplo, no desenvolvimento interno, manter o alerta para a redução da Taxa Selic, focar na sobrevivência das 78,3% de famílias endividadas, e no externo, acompanhar as oscilações do câmbio, forte presença no avanço do agronegócio, entre outros, ao considerar as expectativas gerais de crescimento.
Mesmo com o fechamento da inflação em 3,94% até maio, registrados nos últimos 12 meses, de acordo com o IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, bastante abaixo dos 11,22% anotados em maio/22, segundo o IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e atento à manutenção da taxa de juros básica (Selic) em 13,75%, as perspectivas da assessoria econômica da ABAC apontam para continuidade de crescimento para o Sistema de Consórcios, durante este ano.
“Ao ponderar sobre os ótimos resultados alcançados pelo Sistema de Consórcios, nos cinco primeiros meses, as possibilidades para conquista de bom desempenho, até dezembro, são as melhores, estimadas especialmente pelo crescente comportamento planejador dos consumidores”, conclui Rossi.