Com taxa de administração de 0,073% ao mês, total de participantes avançam mais de 150% de 2020 a 2025
O consórcio de imóveis é um dos setores do Sistema de Consórcios que vem registrando maior crescimento nas últimas décadas. Criado há 35 anos, quando da publicação da Portaria 028/1990 da Receita Federal, em março de 1990, e editada por aquele órgão que, à época, regulamentava o mecanismo.
Desde o início, face às suas características, despertou o interesse dos que sonhavam com a casa própria. Ao longo do tempo, foi ampliando sua participação e passou a interessar também a investidores que, focando no patrimônio como fonte de lucratividade, gradativamente foram aderindo aos grupos em andamento ou em formação.
Nos últimos 20 anos, desde 2005, foram contemplados aproximadamente 1,55 milhão de consorciados, que puderam adquirir seus imóveis com finalidades de moradia, negócios ou investimentos. Até agosto deste ano, o consórcio de imóveis contava com 2,50 milhões de participantes ativos, sendo que nesse montante somamos os consorciados contemplados e outros que ainda aguardam a contemplação.
Entre os principais objetivos estão, além da casa própria, variedades como as residências de veraneio, em praia ou no campo, aquisição de terrenos, construção e em plantas, reformas, sítios, chácaras, fazendas, entre tantos. Incluam-se ainda os comerciais, que compreendem escritórios, consultórios, instalações para lojas, indústrias, galpões etc. Recente pesquisa realizada pela assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) junto às administradoras associadas que atuam nesse setor, considerando o período de janeiro a agosto, observou-se crescimento do interesse e do avanço das adesões ao mecanismo.
Após a pandemia, o Sistema de Consórcios se fortaleceu ainda mais, tornando-se importante instrumento de aquisição de bens e serviços. O mecanismo registra crescente desempenho e conquista bons resultados em vários segmentos, principalmente no de imóveis. Ao entender haver possibilidade de, com gerenciamento
das finanças pessoais, alcançar a realização da casa própria, o brasileiro, que ampliar seus conhecimentos sobre a essência da educação financeira, passou a pesquisar, consultar, comparar e decidir pelo consórcio como alternativa. No cenário nacional, há um déficit de quase seis milhões de habitações, segundo dados da Fundação João Pinheiro de 2023.
No entendimento que os últimos estudos daquela entidade dividiam o déficit de moradias em habitações precárias, coabitação e ônus, os consorciados, por sua vez, têm decidido por faixas de créditos variando de R$ 30,00 mil a R$ 1,10 milhão, sendo que a maior parte aderiu a cotas para adquirir imóveis no valor médio de R$ 377,59 mil.
Venda de cotas aumentam quase 300%
Com taxa de administração média de 0,073% ao mês, em grupos de prazo médio de 207 meses, a modalidade cresceu e anotou evolução de 294,1% nas adesões relativas aos períodos acumulados de janeiro a agosto nos últimos seis anos.
Na somatória dos oito meses, as vendas subiram de 206,92 mil cotas, em 2020, para 815,06 mil, neste ano, comprovando a intensa procura pelo consórcio em planejamentos a médio e longo prazos para conquistas pessoais ou familiares e para formação ou ampliação de patrimônios.

Os resultados do levantamento mostraram ainda que as escolhas dos contemplados foram de 49,9% para morar nas capitais; 44,7% para o interior; e 5,4% para o litoral.

Até agosto, o consórcio de imóveis reunia entre seus participantes ativos 69,0% de pessoas físicas e 31,0% de jurídicas. Nas físicas, a parcela, com 36,0%, foi daqueles que estão na primeira faixa etária, dos 18 a 30 anos. Em seguida, com 32,5%, estiveram os acima de 45 anos e, por último, com 31,5%, os de 31 a 45 anos.


Manutenção do poder de compra, um diferencial
Uma das principais peculiaridades do Sistema de Consórcios, em especial no de imóveis, que fortemente estimula a adesão dos interessados, está na preservação do poder de compra. Por isso, periodicamente, os créditos estabelecidos nos contratos são reajustados e atualizados.
Os vários índices utilizados são: o INCC Índice Nacional da Construção Civil, com 70,0%, seguido pelo IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, com 10,0%, e os IPC Índice de Preço ao Consumidor, INPC Índice Nacional de Preços ao Consumidor, Taxa Fixa e 50% da Taxa Selic, com 5%, cada.






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