“O mecanismo, importante dentro da essência da educação financeira, tem ampliado horizontes no mercado consumidor” diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios Rossi. “Por se tratar de um autofinanciamento, com peculiaridades únicas, o consórcio se ajusta a orçamentos pessoais, familiares ou empresariais, permitindo um planejamento tranquilo dos interessados, tornando-se um investimento econômico para aquisição de bens ou serviços desejados, dirigidos aos que buscam crescer profissionalmente e aumentar a renda, por meio de uma maior mobilidade”, completa.
Ao crescerem 65%, consórcios ultrapassam R$123 bilhões em negócios com quase 2 milhões de cotas comercializadas até julho
Vendas mensais batem recorde dos últimos dez anos com mais de 322 mil novas cotas vendidas em julho
No sétimo mês do ano, o Sistema de Consórcios superou expectativas e fechou o período com 1,98 milhão de adesões, registrando R$ 123,10 bilhões em negócios realizados no acumulado de janeiro a julho, com tíquete médio mensal de R$ 61,21 mil. O total de participantes ativos manteve-se estável em 8,04 milhões de consorciados no mês.
Ao anotar alta de 65,1% nos créditos comercializados, depois de atingir R$ 74,57 bilhões nos mesmos meses do ano passado, a modalidade alcançou também 31,1% de aumento sobre o volume de novas vendas daquele período, quando somou 1,51 milhão de cotas.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, “o segmento de consórcios tem acompanhado e contribuído para o ritmo de recuperação das atividades econômicas do país. Exemplo disso, está no segundo trimestre, quando houve alta de 0,12%, comparada com o primeiro, com destaque para o segmento de Serviços, onde os consórcios se inserem, sinalizando boas perspectivas para o PIB do ano”.
Ao ratificar sua importância para a economia e participar do crescimento do mercado automotivo, imobiliário, eletroeletrônicos e serviços, o Sistema de Consórcios apresentou 812,89 mil contemplações acumuladas nos sete meses, 17,8% maiores que os 689,85 mil do mesmo período em 2020. Potencialmente, foram injetados R$ 37,38 bilhões (jan.-jul./2021), 27,3% acima dos R$ 29,37 bilhões (jan.-jul./2020) passados.
As quase dois milhões de adesões foram resultados dos acumulados setoriais, a partir das 839,62 mil vendas de novas cotas de veículos leves; 643,70 mil de motocicletas; 286,27 mil de imóveis; 97,66 mil de veículos pesados, 59,68 mil de eletroeletrônicos; e 50,13 mil de serviços. A média mensal de 282,44 mil, apurada nos sete meses, ficou bastante acima da alcançada no ano passado, quando chegou a 215,70 mil vendas.
Do total recorde obtido na somatória dos sete meses dos negócios em R$ 123,10 bilhões, o destaque ficou para os R$ 19,76 bilhões atingidos em julho, o segundo maior valor do ano.
Quanto aos crescimentos verificados em participantes ativos, o Sistema apresentou 4,3%, nos veículos leves, 40,4%, nos serviços, 10,9%, nas motocicletas; 24,5%, nos veículos pesados; 28,0%, nos eletroeletrônicos e outros bens duráveis; e 32,2%, nos imóveis.
“Entre as vendas de novas cotas comercializadas”, diz Rossi, “notou-se forte aumento nos setores de veículos pesados, imóveis e de motocicletas. Os resultados desses crescimentos estão relacionados, por exemplo, aos recordes das exportações do agronegócio em julho, onde os consórcios de máquinas e implementos agrícolas têm presença crescente há vários anos. Também no mercado imobiliário, a evolução positiva inclui os consórcios como fator influente nas oportunidades de formação ou ampliação patrimonial, e no setor de duas rodas, “a recente divulgação de revisão da projeção de produção de motos para este ano, com possibilidade de atingir 1,2 milhão de unidades, resulta também da progressiva comercialização dos consórcios, quando tradicionalmente são contemplados potencialmente um comprador para cada duas unidades vendidas”.
Nas somatórias dos sete meses dos últimos dez anos observou-se que o ano de 2021, com 1,98 milhão de novas cotas comercializadas, foi o melhor da década.
Na análise resultante dos acumulados de contemplações dos sete meses, durante a década, pode-se ver que o recorde permaneceu ainda em 2015, com 830,40 mil. O acumulado deste ano, 812,89 mil, foi o segundo melhor do período. Houve também acumulados próximos ou acima das 700 mil cotas ano, com créditos potencialmente inseridos nos diversos elos da cadeia produtiva brasileira.
No acumulado de 812,89 mil contemplações, de janeiro a julho, foram consideradas as 346,57 mil de motocicletas; 336,71 mil de veículos leves; 51,24 mil de imóveis; 30,26 mil de veículos pesados; 29,37 mil de serviços; e 18,75 mil de eletroeletrônicos. A média mensal chegou a 116,13 mil, acima da atingida no ano passado, com 98,55 mil consorciados contemplados.
Outro fator determinante, que colaborou para o crescimento dos negócios, foi o valor do tíquete médio de julho, que atingiu R$ 61,21 mil, 15,1% sobre os R$ 53,17 mil, do mesmo mês do ano passado. Na comparação com o do mês anterior, junho/21, com R$ 66,16 mil, foi 7,5% inferior. Em relação ao primeiro mês deste ano, com R$ 57,28 mil (jan./21), ficou 6,9% maior.
No fechamento do sétimo mês de 2021, o Sistema de Consórcios repetiu o totalizado em junho, 8,04 milhões de consorciados ativos, o segundo maior nos quase 60 anos de história, 11,5% acima da marca de julho de 2020, quando esteve em 7,21 milhões.