Com 10,29 milhões de consorciados ativos, mais de R$ 316,70 bilhões em negócios realizados e 4,18 milhões de novas cotas vendidas, as perspectivas para 2024 são promissoras.
“No fechamento do ano, comparado ao anterior, o mecanismo trouxe números extremamente positivos. Ao considerar em sua essência os fundamentos da educação financeira, o consórcio tem demonstrado, desde 1962, que, com planejamento, é possível aos consorciados evoluir patrimonialmente e melhorar sua qualidade de vida”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
Dos seis indicadores, segundo estimativas da assessoria econômica da entidade, quatro registraram alta nas somas das comercializações: imóveis, com 20,8%; veículos leves, com 13,1%; motocicletas, com 4,0%; veículos pesados, com 2,5%. Somente dois apontaram retrações: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com – 60,3%, e serviços, com – 26,3%, que pouco interferiram no avanço geral de 6,4% na somatória das vendas de janeiro a dezembro.
Ao projetar os negócios para o ano que está iniciando, o presidente da ABAC explicou que “em 2024, acredita-se na possibilidade de obtenção de resultados semelhantes ou até maiores que os alcançados em 2023. As boas perspectivas se apoiam principalmente na crescente conscientização do consumidor sobre o planejamento financeiro, que projetam o Sistema de Consórcios como uma opção criativa, racional e segura para consumidores e investidores.
O Sistema de Consórcios fechou 2023 registrando novas quebras de recordes em diversos indicadores, confirmando a confiança do brasileiro e reafirmando sua importância na economia nacional. O ano de 2023 foi marcado pela posse dos novos governantes, em âmbito federal e estadual, e naturalmente ocorreram ajustes econômicos e políticos. Mesmo diante dessas mudanças, verificou-se a continuidade do crescimento da modalidade no cenário econômico do país. A consciência da população sobre a importância da educação financeira tem se ampliado, e o consórcio, com sua característica de planejamento, mostra-se um aliado do consumidor.
Presente nos mais diversos segmentos, a modalidade consórcio, alternativa para quem deseja adquirir bens móveis e imóveis e contratar serviços, de forma planejada, proporcionou a concretização de inúmeros objetivos pessoais, profissionais, familiares e empresariais.
De janeiro a dezembro, o acumulado de vendas atingiu 4,18 milhões de novas cotas, um recorde histórico. Cresceu 6,4% sobre as 3,93 milhões de adesões de 2022.
No total anual das vendas, a distribuição setorial ficou assim: 1,70 milhão de adesões de veículos leves; 1,27 milhão de motocicletas; 779,35 mil de imóveis; 310,37 mil de veículos pesados, 79,29 mil de eletroeletrônicos; e 47,06 mil de serviços. A média mensal de 348,58 mil, anotada nos doze meses, foi 6,4% acima da obtida no mesmo período de 2022, quando chegou a 327,75 mil cotas comercializadas.
Os negócios acompanharam o avanço e também bateram recorde. Atingiram a marca de R$ 316,70 bilhões, 25,6% acima dos R$ 252,09 bilhões anteriores, no mesmo período.
Um registro especial esteve nos 10,29 milhões de participantes ativos, volume inédito e crescente mês a mês, durante 2023. Encerrou dezembro com 9,4% acima dos 9,41 milhões de consorciados, alcançados no final daquele mesmo mês de 2022.
A participação de cada segmento no total de cotas ativas ficou assim distribuída: 43,4% nos veículos leves; 27,9% nas motocicletas; 16,6% nos imóveis; 7,5% nos veículos pesados; 2,6% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 2,0% nos serviços.
Paralelamente, ainda em 2023, o acumulado de contemplações, momento em que os consorciados podem utilizar seus créditos para a aquisição de bens e contratar serviços, chegou a 1,62 milhão, 6,6% acima das 1,52 milhão de 2022. Os consorciados contemplados tiveram R$ 83,93 bilhões em créditos concedidos, potencialmente injetados na economia, 21,4% superior aos R$ 69,14 bilhões de um ano antes.
No volume de consorciados contemplados de janeiro a dezembro, 1,62 milhão, incluem-se: os 696,92 mil de motocicletas; 636,02 mil de veículos leves; 103,65 mil de imóveis; 80,05 mil de veículos pesados; 57,64 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 47,61 mil de serviços. A média mensal chegou a 135,00 mil, 6,6% acima do atingido no ano passado, com 126,67 mil contemplações.
O tíquete médio de dezembro foi R$ 74,24 mil e pontuou aumento de 24,6% sobre o do mesmo mês de 2022, quando era R$ 59,56 mil. A evolução ratificou o interesse do consumidor por cotas de maior valor, com parcelas acessíveis ao bolso, provocando crescimento dos negócios realizados em 2022.
Ao considerar o comportamento dos tíquetes médios de dezembro nos últimos cinco anos, verificou-se aumento nominal de 38,7%, na evolução dos valores médios registrados. Ao descontar a inflação (IPCA) de 27,3% do período, na relação da diferença de R$ 53,51 mil, em dezembro de 2019, para R$ 74,24 mil, no mesmo mês de 2023, houve valorização real de 9,0%.
“No fechamento do ano, comparado ao anterior, o mecanismo trouxe números extremamente positivos. Ao considerar em sua essência os fundamentos da educação financeira, o consórcio tem demonstrado, desde 1962, que, com planejamento, é possível aos consorciados evoluir patrimonialmente e melhorar sua qualidade de vida”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “O Sistema de Consórcios provou estar, cada vez mais, presente na cultura financeira do consumidor. Com mais conhecimento, ele auxilia na gerência das finanças de forma responsável, sem imediatismos, e com equilíbrio significando mais qualidade de vida com constantes conquistas”, completa.
Ao longo da década, o sistema de consórcios cresceu
No decorrer dos últimos dez anos, somente em meses de dezembro, os 10,29 milhões de participantes ativos deste ano ultrapassaram os volumes contabilizados ao longo de 2014 até 2022. O menor na década ocorreu em 2017 com 6,87 milhões.
Em outro indicador, as vendas de novas cotas, acumuladas de janeiro a dezembro, apresentou resultado inédito em 2023, com 4,18 milhões de adesões, o maior volume alcançado no período, versus 2,28 milhões em 2016, o menor.
Nos acumulados de consorciados contemplados de janeiro a dezembro, considerada a década de 2014 a 2023, foi possível verificar que a soma de 1,62 milhão, deste ano, foi a melhor marca do período. Em contrapartida, a menor foi de 1,21 milhão, registrada em 2017 e 2021.
Na cadeia produtiva
Há mais de seis décadas, o panorama vivenciado por ocasião do início da indústria automobilística, quando da criação do Sistema de Consórcios, era pautado pela inexistência de linhas de crédito para aquisição dos primeiros automóveis. Desta forma, o consórcio tornou-se a alternativa para o consumidor. Tanto naquela época como atualmente, além de propiciar a realização dos objetivos dos consorciados, o mecanismo auxilia no planejamento industrial nos mais diversos segmentos da economia onde está presente, reafirmando sua contribuição ao desenvolvimento das diversas atividades produtivas do país.
Após alguns anos, o mecanismo passou a estar presente em mais setores como, por exemplo, o das duas rodas que, nos doze meses de 2023 as contemplações apontaram a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno, contribuindo para as boas marcas setoriais. No setor automotivo, a potencial presença esteve em um a cada três veículos leves vendidos no país.
Um outro exemplo de participação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, onde a modalidade marcou quase uma a cada três comercializações de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes com destaque especial para utilização no agronegócio.
A forte presença dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovada pelos totais de créditos concedidos. Nas liberações acumuladas de janeiro a dezembro, o Sistema atingiu 34,6% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 44,1% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 33,9%, no período.
No segmento imobiliário, somente em onze meses do ano passado, as contemplações representaram potenciais 17,5% de participação no total de 547,17 mil imóveis financiados, incluindo recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada seis comercializados.
Ao término de 2023, a economia brasileira apresentou, ainda em estimativas, bons resultados dentro do esperado, considerando o comportamento mês a mês e as dificuldades enfrentadas, com o PIB situando-se em possíveis 3,0% de crescimento.
A inflação fechou o ano de 2023 em 4,62%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficando abaixo do teto da meta. Como contribuição, a taxa de juros básica da economia, a Selic, encerrou 2023, com viés de baixa, em 11,75% ao ano.
Outros fatores que interferiram para a retomada da economia foi a reação positiva no mercado de trabalho, com melhorias nos níveis de emprego, estabilidade no câmbio, esta colaborando diretamente no agronegócio, além do equilíbrio nas taxas de energia e nos preços dos combustíveis.
Ao projetar os negócios para o ano que está iniciando, o presidente da ABAC explicou que “em 2024, acredita-se na possibilidade de obtenção de resultados semelhantes ou até maiores que os alcançados em 2023. As boas perspectivas se apoiam principalmente na crescente conscientização do consumidor sobre o planejamento financeiro, que projetam o Sistema de Consórcios como uma opção criativa, racional e segura para consumidores e investidores.
Trata-se de um cenário nacional que aponta boas expectativas macroeconômicas, especialmente em razão das políticas de incentivo social promovidas pelo governo, como transferência de renda e renegociação de dívidas das famílias, o que vem resultando na melhoria do gradativo poder de compra da população, bastante positivo para o país.
Estimativas da assessoria econômica
O Sistema de Consórcios manteve o ritmo de evolução nos bons resultados ao longo dos doze meses de 2022 e de 2023. Também elevou a média mensal de vendas contando com um tíquete médio maior, obtendo recorde no acumulado dos negócios realizados.
Dos seis indicadores, segundo estimativas da assessoria econômica da entidade, quatro registraram alta nas somas das comercializações: imóveis, com 20,8%; veículos leves, com 13,1%; motocicletas, com 4,0%; veículos pesados, com 2,5%. Somente dois apontaram retrações: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com – 60,3%, e serviços, com – 26,3%, que pouco interferiram no avanço geral de 6,4% na somatória das vendas de janeiro a dezembro.