Com potencial de introduzir mais de R$47 bilhões na economia. Adesões crescem acima de 18%, acumulam recorde de 2,59 milhões de novos consorciados e movimentam R$ 163,85 bilhões
Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, destacou “a crescente maturidade do consumidor sobre o Sistema de Consórcios e sobre a essência da educação financeira”.
O Sistema de Consórcios encerrou os nove meses do ano totalizando 1,03 milhão de consorciados contemplados, 16,5% sobre 884,08 mil registrados no mesmo período do ano passado. Potencialmente, foram injetados R$ 47,30 bilhões no mercado consumidor, 22,5% acima dos R$ 38,60 bilhões anteriores.
No acumulado de janeiro a setembro, houve recorde de 2,59 milhões de adesões, 18,3% superior às 2,19 milhões anotadas em 2020. Os negócios totalizaram R$ 163,85 bilhões, contabilizando um crescimento de 43,3% sobre fechamento do ano anterior, quando somou R$ 114,31 bilhões.
Até setembro foram anotados 8,36 milhões de participantes ativos, 9,9% maior que os 7,61 milhões do mesmo mês de 2020. O tíquete médio do mês foi R$ 64,00 mil.
Ao analisar os resultados, Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, destacou “a crescente maturidade do consumidor sobre o Sistema de Consórcios e sobre a essência da educação financeira. Aliás, foi também considerando este comportamento que a ABAC colocou no ar, recentemente em redes sociais, campanha denominada Chegou a sua vez. Vai de Consórcio, com o objetivo de ampliar e consolidar o conhecimento sobre a modalidade, tendo como foco principal os jovens”.
A importância do mecanismo na economia brasileira é constatada pelos créditos concedidos e potencialmente inseridos nos mercados automotivo, imobiliário, de eletroeletrônicos e serviços. No acumulado de janeiro a setembro, quando o Sistema de Consórcios superou um milhão de contemplações, o setor de automóveis, utilitários e camionetas registrou 32,8% de presença da modalidade, isto é, um veículo a cada três comercializados por consórcio no mercado interno. Também no setor de motocicletas, houve 52,5% de participação, ou seja, uma a cada duas vendidas no país, pela modalidade.
Do total acumulado de 2,59 milhões de vendas de novas cotas, recorde no período, a distribuição setorial ficou assim: 1,09 milhão de adesões de veículos leves; 840,26 mil de motocicletas; 373,16 mil de imóveis; 135,81 mil de veículos pesados, 88,18 mil de eletroeletrônicos; e 63,42 mil de serviços. A média mensal de 287,78 mil, registrada nos nove meses, foi 18,3% acima da obtida nos mesmos meses do ano passado, quando chegou a 243,33 mil vendas.
Do acumulado de negócios que somaram R$ 163,85 bilhões, de janeiro a setembro, R$ 18,06 bilhões, somados em setembro, foi o quinto melhor do ano.
Nos 8,36 milhões de consorciados ativos, a modalidade anotou altas de 44,2% nos eletroeletrônicos e outros bens duráveis; 30,2% nos serviços; 22,1% nos veículos pesados; 18,0% nos imóveis; 7,2%, nas motocicletas; e 6,1% nos veículos leves.
“Ao observar o bom comportamento no Sistema de Consórcios, durante os nove meses do ano”, considera Rossi, “pode-se creditá-lo ao nível de consciência do consumidor sobre gestão das finanças pessoais apoiada basicamente na educação financeira. Depois de vivenciar as consequências da pandemia, tem havido mais atenção nas compras por impulso, adequação de compromissos aos orçamentos mensais, com práticas de planejamento a curto, médio e longo prazos, levando muitos interessados em adquirir bens ou contratar serviços via consórcio”.
Nos acumulados dos nove meses, nos últimos dez anos, notou-se que o de 2021, com 2,59 milhões de novas cotas vendidas, foi o melhor da década.
Paralelamente, ao ponderar os acumulados de contemplações dos nove meses, também durante a década, verificou-se que o recorde permaneceu ainda em 2015, com 1,06 milhão. O acumulado deste ano, 1,03 milhão, foi o segundo melhor do período.
No total de consorciados contemplados de janeiro a setembro, 1,03 milhão, estão incluídas as 441,87 mil de motocicletas; 425,85 mil de veículos leves; 63,33 mil de imóveis; 37,34 mil de serviços; 37,16 mil de veículos pesados; e 24,13 mil de eletroeletrônicos. A média mensal chegou a 114,40 mil, 16,4% sobre ao alcançado no ano passado, com 98,23 mil consorciados contemplados.
O tíquete médio de setembro foi R$ 64,01 mil. Ao contribuir diretamente para o avanço dos negócios, ficou acima dos R$ 61,44 mil em 4,2%, do mesmo mês do ano passado. Na comparação com o do mês agosto último, registrou retração de 7,1% em relação aos R$ 68,90 mil. Comparado ao primeiro mês deste ano, R$ 57,28 mil (jan./21), esteve 11,7% maior.