A taxa de desocupação (11,2%) no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2020 caiu nas duas comparações: – 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2019 (11,6%) e – 0,8 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (12,0%).
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a taxa de desocupação ficou em 11,2%, com um total de 11,9 milhões de pessoas.
Segundo a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy, da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, ainda não é possível afirmar que há uma tendência de melhora para o ano, já que os dados divulgados hoje incluem os bons resultados de novembro e dezembro de 2019, quando houve expansão na carteira de trabalho assinada.
“Precisa se distanciar um pouco desses meses para ver se essas pessoas que conseguiram trabalhos temporários no fim de ano serão retidas no mercado. Janeiro é um mês de transição, tem efeitos ocorrendo que não permitem a gente ter uma definição da tendência do que pode estar ocorrendo daqui para a frente”.
A analista explica que o aumento de 1,3% na inatividade, ou seja, pessoas de 14 anos ou mais fora do mercado de trabalho, também contribuiu para a queda da desocupação, já que a ocupação se manteve estável em 94,2 milhões de pessoas.
“Vimos uma queda na taxa de desocupação em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2019. Essa queda está muito relacionada a um efeito sazonal de processo de interrupção por procura de trabalho. As pessoas, em função de férias, se retiram temporariamente da procura, ou seja, há menos pressão sobre o mercado de trabalho, fazendo essa taxa cair”.
O rendimento médio habitual ficou estável em R$ 2.361 e a massa de rendimento também, com crescimento de 2,2% apenas na comparação anual, totalizando R$ 217,4 bilhões.
“Essa estabilidade já vem ocorrendo nas últimas divulgações, está relacionada ao fato de que a ocupação vem expandindo, mas por meio de ocupações de baixos rendimentos. Tem mais gente trabalhando, mas com rendimentos menores. A massa cresce não através da expansão do rendimento, mas pelo fato de ter mais pessoas trabalhando”.
O setor público diminuiu 3,2% na comparação trimestral e 4,6% em relação a janeiro de 2019. Entre novembro do ano passado e janeiro de 2020, 39 mil trabalhadores com carteira assinada deixaram o setor público. A categoria está em 1,19 milhão de pessoas. Militares e setor público estatutário somam 7,96 milhões.
Informalidade cai, mas atinge 38,3 milhões de trabalhadores
A informalidade caiu de 41,2% para 40,7% na comparação trimestral. Na comparação anual, em janeiro de 2019 a taxa ficou em 40,6%. Do total de 38,3 milhões de trabalhadores informais, 11,67 milhões estão empregados no setor privado, uma redução de 179 mil, e 4,5 milhões são empregadas domésticas sem carteira assinada. Os trabalhadores por conta própria sem CNPJ somam 19,3 milhões, 129 mil a menos do que no trimestre anterior. Ao todo, 479 mil pessoas saíram da informalidade, sendo 129 mil na categoria trabalhador familiar auxiliar.
Taxa de desocupação é de 11,2% e taxa de subutilização é 23,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2020
A taxa de desocupação (11,2%) no trimestre móvel encerrado em janeiro de 2020 caiu nas duas comparações: – 0,4 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2019 (11,6%) e – 0,8 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (12,0%).
A população desocupada (11,9 milhões de pessoas) teve redução em ambas as comparações: -3,7%, (ou 453 mil pessoas a menos) em relação ao trimestre móvel anterior e -5,6% (712 mil pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
A população ocupada (94,2 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior.Já em relação ao mesmo trimestre do ano interior, houve alta de 2,0% (mais 1,9 milhão de pessoas).
A taxa de informalidade atingiu 40,7% da população ocupada, representando um contingente de 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido 41,2% e no mesmo trimestre do ano anterior, 41,0%.
A população fora da força de trabalho (65,7 milhões de pessoas) cresceu 1,3% em relação ao trimestre móvel anterior (mais 873 mil pessoas), enquanto apresentou estabilidade em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (23,2%) variou -0,6 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (23,8%) e -1,0 p.p. em relação ao mesmo trimestre móvel do ano anterior (24,2%).
A população subutilizada (26,4 milhões de pessoas) caiu -2,7% (menos 744 mil pessoas), frente ao trimestre móvel anterior (27,1 milhões) e -3,4% (menos 919 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre do ano passado.
A população desalentada (4,7 milhões) ficou estatisticamente estável em ambas as comparações, assim como o percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,2%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 33,7 milhões e cresceu em ambas as comparações: 1,5% (mais 504 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e 2,6% (mais 845 mil pessoas) contra o mesmo trimestre do ano anterior.
A categoria dos empregados sem carteira assinada no setor privado (11,7 milhões de pessoas) ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e cresceu 3,7% ou mais 419 mil pessoas) comparada ao mesmo trimestre de 2019.
O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,6 milhões de pessoas e ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,1% (mais 745 mil pessoas).
O rendimento médio real habitual (R$ 2.361) no trimestre móvel terminado em janeiro de 2020 apresentou estabilidade em todas as comparações.
A massa de rendimento real habitual (R$ 217,4 bilhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 2,2% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Fonte: IBGE e Agência Brasil