Na onda perigosa de juros altos, todas as linhas de crédito tiveram suas taxas de juros elevadas no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa física aumentou de 6,13% ao mês (104,20% ao ano) em setembro para 6,25% ao mês (106,99% ao ano) em outubro, que é a maior taxa de juros desde dezembro de 2019, segundo a pesquisa de juros da Anefac, realizada pelo nosso âncora Miguel José Ribeiro de Oliveira. A elevação equivale a 0,12 pontos percentuais no mês (2,79 pontos percentuais no ano), correspondente a uma elevação de 1,96% ao mês (2,68% em doze meses).
Na onda perigosa de juros altos, o cartão de crédito cobra a taxa mais cara. A taxa de juros subiu de 12,76% ao mês (322,53% ao ano) para 13,06% (336,22% ao ano), um aumento 2,35%. Esse índice de juros é o maior desde agosto de 2017, que cobrava 13,36% ao mês (350,32% ao ano).
Já a taxa média de juros do cheque especial subiu de 7,48% ao mês (137,65% ao ano) para 7,54% (139,24% ao ano), uma elevação de 0,80%. Essa taxa de juros a maior desde dezembro de 2019 (11,57% ao mês – 272,02% ao ano).
Acompanhe as elevações dos juros ao consumidor em cada modalidade de crédito.
Empresas
Todas as linhas de crédito pesquisadas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês.
A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,07 ponto percentual no mês (1,20 ponto percentual no ano), correspondente a uma elevação de 2,13% no mês (2,53% em doze meses), passando de 3,29% ao mês (47,47% ao ano) em setembro para 3,36% ao mês (48,67% ao ano) em outubro, sendo esta a maior taxa de juros desde junho de 2019.
Confira os juros de cada modalidade de crédito.
Estas elevações podem ser atribuídas aos seguintes fatores:
A) Aumento dos juros futuros;
B) Expectativa de novas elevações da taxa básica de juros frente a uma inflação maior;
C) Expectativas com a provável elevação dos índices de inadimplência por conta dos fatores abaixo;
* Fim das carências nos empréstimos (pausas e carência nas negociações de dívidas);
* Desemprego elevado;
* Fim do pagamento dos auxílios emergenciais e redução do valor dos benefícios;
* Elevação da inflação e seus efeitos na renda;
* Maior seletividade dos bancos na concessão de crédito.
D) Anuncio das elevações dos impostos das instituições financeiras – CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido em 2021.