Na Avenida Paulista, no centro da cidade de São Paulo, grupos que participavam de manifestação em defesa da democracia e apoiadores do governo federal entraram em confronto.
A Polícia Militar (PM) disparou balas de borracha e bombas de gás em direção aos manifestantes. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou que houve “briga generalizada na avenida” e que a “PM atuou para impedir o conflito entre os grupos antagonistas”.
De acordo com a secretaria, um homem de 43 anos foi levado para a Santa Casa após ser agredido pelos investigados. A nota informa que cinco pessoas foram detidas e levadas ao 78° Distrito Policial (DP).
“O objetivo do protesto era bem claro, era a favor da democracia, era fazer uma manifestação pacífica. Porque a gente entende o que está posto no Brasil é uma guerra de narrativas”, disse o organizador do Somos Democracia, Danilo Pássaro. Ele contou à Agência Brasil que estava combinado com a PM a dispersão às 14h, mas algumas pessoas ficaram na avenida. O grupo reunia, entre outros, torcedores de times de futebol, incluindo de torcidas organizadas.
Segundo Danilo Pássaro, havia um grupo usando símbolos neonazistas e roupas camufladas que passou no meio do que havia restado da manifestação a favor da democracia, o que acabou gerando provocação e tumulto, quando então a PM interveio.
A Tropa de Choque da PM foi deslocada para a Paulista. Os manifestantes espalharam materiais na avenida para impedir o avanço da polícia. Alguns reagiram jogando objetos contra os PMs.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, manifestantes de posições divergentes entraram em confronto na Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, na manhã deste domingo. De um lado estavam apoiadores do governo federal e que protestavam contra o Supremo Tribunal Federal (STF), vestindo roupas verdes e amarelas e levando bandeiras do Brasil. Na outra pista da avenida, acontecia uma manifestação de um grupo que se autodenominou antifascista, que se vestia de preto, gritava palavras de ordem e carregava faixas contra Bolsonaro. A Polícia Militar usou spray de pimenta e bombas de gás para dispersar os manifestantes.
De acordo, com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar, um policial do 19º Batalhão de Polícia Militar (Copacabana) ficou ferido no rosto, após um manifestante jogar uma garrafa contra a equipe e foi encaminhado para o Unidade de Pronto Atendimento de Copacabana. Ainda conforme a secretaria, duas pessoas foram levadas para a 12ª Delegacia de Polícia.
Belo Horizonte
A capital mineira também registrou manifestações a favor e contra o governo. Membros de torcidas organizadas antifascistas de Atlético Mineiro, Cruzeiro e América Mineiro se uniram em atos contra Bolsonaro, na Praça da Bandeira, onde também se reuniam apoiadores do presidente. A Polícia Militar separou os grupos.
Cavalgada
Em Brasília, o presidente, mais uma vez, participou do ato, sem máscara – em meio à pandemia do coronavírus – e cumprimentou manifestantes com acenos e apertos de mão. Antes, sobrevoou o local de helicóptero do governo, como já havia feito no domingo anterior. Depois, pediu para montar um cavalo da Polícia Militar que fazia a segurança do evento e cavalgou por um trecho, ovacionado pelos manifestantes.
Como em outros atos desse tipo na capital federal, as principais faixas traziam críticas ao Supremo Tribunal Federal, que conduz um inquérito sobre fake news que chegou a vários políticos, ativistas e empresários ligados ao bolsonarismo. Também havia ataques ao Congresso e pedidos de intervenção militar.
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.Agência Brasil