Consórcios crescem com 13% na adesões e 19,9% nos negócios
Participantes ativos avançam 14,6% em janeiro sobre o mesmo mês de 2022
“Os resultados obtidos no primeiro mês demonstraram que o brasileiro segue observando os cuidados necessários para bem administrar suas finanças pessoais. Ao lembrar o crescente conhecimento sobre a essência dos fundamentos da educação financeira, o consórcio tem se tornado a opção quando do planejamento para aquisição de bens ou contratação de serviços, bem como em investimentos econômicos pessoal, profissional, familiar ou empresarial”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
No primeiro mês do ano, o Sistema de Consórcios manteve o ritmo implementado durante 2022 ao registrar crescimento nos principais indicadores setoriais, confirmando as perspectivas apontadas. Apesar dos eventuais compromissos pessoais comuns à essa época, como, por exemplo, matrículas, materiais escolares e impostos, os consumidores, mais conscientes sobre a importância da educação financeira, que resulta em melhor administração de suas finanças pessoais, seguiram aderindo à modalidade, visando adquirir bens e contratar serviços, ampliando o volume de negócios.
Em janeiro, as vendas de novas cotas atingiram 345,09 mil, ao avançar 13,0% sobre as 305,39 mil de adesões do mesmo mês de 2022, com destaque para o setor de imóveis que cresceu 32,9%.
A soma ficou assim distribuída setorialmente: 140,47 mil de adesões de veículos leves; 111,92 mil de motocicletas; 55,27 mil de imóveis; 18,25 mil de veículos pesados, 15,40 mil de eletroeletrônicos; e 3,78 mil de serviços.
Os negócios realizados, decorrentes destas comercializações, também registraram expressiva alta, ao alcançar R$ 22,08 bilhões, 19,9% sobre os R$ 18,42 bilhões anteriores, no mesmo período.
O total de participantes ativos igualou os 9,41 milhões apurados no mês anterior, 14,6% acima dos 8,21 milhões de consorciados, atingidos em janeiro de 2022.
Desde 2014 até 2022, os indicadores de participantes ativos anotaram oscilações de crescimento ou redução. Houve estabilidade em janeiro deste ano em relação ao fechamento de dezembro do ano passado, com os mesmos 9,41 milhões de consorciados ativos.
Ainda no início de 2023, as contemplações perfizeram 133,59 mil, estável em relação às 132,87 mil do ano anterior, permitindo que os consorciados pudessem utilizar seus créditos para a aquisição de bens e serviços. Para aquele total, os contemplados tiveram R$ 6,60 bilhões em créditos concedidos, potencialmente injetados na economia, 9,1% superior aos R$ 6,05 bilhões anteriores.
Entre os 133,59 mil consorciados contemplados de janeiro, temos a seguinte distribuição: 58,33 mil de motocicletas; 53,08 mil de veículos leves; 9,86 mil de imóveis; 5,88 mil de veículos pesados; 3,53 mil de serviços; e 2,91 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.
“Os resultados obtidos no primeiro mês demonstraram que o brasileiro segue observando os cuidados necessários para bem administrar suas finanças pessoais. Ao lembrar o crescente conhecimento sobre a essência dos fundamentos da educação financeira, o consórcio tem se tornado a opção quando do planejamento para aquisição de bens ou contratação de serviços, bem como em investimentos econômicos pessoal, profissional, familiar ou empresarial”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
“Ao longo de sua história, o Sistema de Consórcios tem se mostrado ferramenta fundamental para formar ou aumentar patrimônios e melhorar a qualidade de vida do brasileiro. Além de propiciar a realização de objetivos de consumo, auxilia na aquisição de ativos que podem gerar renda aos consumidores, como por exemplo, os imóveis”, lembra Rossi. “Cada vez mais conhecedor das vantagens do mecanismo, o consumidor tem tomado suas decisões, evitando o imediatismo e a compra por impulso e, consequentemente, mantém suas finanças equilibradas”, complementa.
O tíquete médio de janeiro foi R$ 63,98 mil, assinalando avanço de 6,1% sobre o mesmo de 2022, que esteve em R$ 60,30 mil. A evolução ratificou o interesse do consumidor por cotas de maior valor, com parcelas acessíveis ao bolso, e provocando, desta forma, crescimento dos negócios realizados no primeiro mês de 2023.
A exemplo de anos anteriores, o Sistema de Consórcios reafirmou sua contribuição para os mais variados setores da economia, ratificando sua importância para o desenvolvimento do país.
Entre os vários exemplos, destacamos o setor das duas rodas que, somente em um mês de contemplações, propiciou a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. Foi complementado pelo de automotores com presença potencialmente representada em quase um a cada dois veículos leves vendidos no país.
Outro exemplo positivo pode ser observado no mercado de veículos pesados, onde a presença do mecanismo nas comercializações esteve em um a cada três caminhões negociados, possibilitando a ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes, com destaque para o agronegócio.
A importância dos consórcios na economia brasileira pode ser constatada pelos totais de créditos concedidos e potencialmente inseridos nos mercados de veículos automotores e imobiliário. Nas liberações de janeiro, o Sistema de Consórcios assinalou 47,9% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor de motocicletas, houve 52,8% de potencial participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 38,3%, no mesmo período.
No segmento imobiliário, de janeiro a dezembro do ano passado, as contemplações representaram potenciais 13,3% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada oito comercializados.
Entre os 9,41 milhões de participantes ativos, os consórcios anotaram aumento de 42,8% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 40,0% nos veículos pesados; 33,4% nos imóveis; 10,3% nas motocicletas; 8,0% nos veículos leves; e 3,0% nos serviços.
Em cada setor onde a modalidade está presente, a somatória das cotas ativas ficou assim distribuída: 44,7% nos veículos leves; 27,7% nas motocicletas; 15,3% nos imóveis; 7,0% nos veículos pesados; 3,1% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 2,2% nos serviços.
Em relação às cotas comercializadas nos meses de janeiro, constatou-se que ao longo dos últimos dez anos, 2023 foi o melhor da década, com 345,09 mil adesões.
Paralelamente, entre os consorciados contemplados nos mesmos meses, observou-se que, com 133,59 mil, houve o melhor desempenho na última década.
O início do novo ano revestiu-se de expectativas para a economia brasileira em geral. Ainda que os indicadores de 2022 não estejam fechados, prevê-se um bom resultado para o PIB, que deverá ficar próximo a 2,9% de crescimento.
Outra característica dessa época, especialmente para aqueles que não planejam suas finanças, é o saque de reservas para quitar despesas obrigatórias como impostos e taxas, matrículas, material escolar, entre outras despesas.
Mesmo com o fechamento da inflação em 5,78% nos últimos doze meses, além da taxa de juros básica (Selic) da economia em 13,75%, a assessoria econômica da ABAC acredita na manutenção do crescimento do Sistema de Consórcios para 2023. Há ainda uma provável reação no mercado de trabalho, com melhoria no nível de emprego. Outra expectativa está nas oscilações do dólar que influenciam diretamente os preços finais do agronegócio, energia e combustíveis.
“Face aos resultados iniciais, continuamos otimistas para este ano”, afirma o presidente executivo da ABAC. “Em 2023, além de darmos tempo para os governantes, recentemente empossados, apresentarem suas primeiras propostas, esperamos, pelo menos, repetir os números alcançados no ano passado. Entendemos que as possibilidades se apoiam na conscientização das pessoas sobre o planejamento financeiro, como uma opção econômica e segura para consumidores e investidores.”