Diversidade e flexibilidade, aliadas a custo baixo, prazos mais longos e poder de compra, contribuíram para o sucesso da modalidade. Total de consorciados aumenta quase de 225% em cinco anos.
“Ao considerar que o consumidor brasileiro está cada vez mais atento às suas finanças pessoais, familiares e até empresariais, o conhecimento sobre as peculiaridades do Sistema de Consórcios o tem levado a optar pela modalidade em muitas oportunidades (…)”, esclareceu Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Pesquisa feita pela assessoria econômica da ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, baseada em dados fornecidos pelas administradoras que atuam no consórcio de serviços, registrou crescimento de 36,2% no total de participantes ativos de 2019 sobre os de 2018, alcançando 105,6 mil consorciados em dezembro.
Nos últimos cinco anos, os volumes anotados aumentaram 224,9%, saltando de 32,5 mil em 2015 para 105,6 mil em 2019.
Com média mensal de 5,85 mil adesões, totalizando 70,2 mil vendas de novas cotas e negócios acima dos R$ 650 milhões em 2019, a modalidade tem sido uma das mais procuradas pelos consumidores no Sistema de Consórcios.
Presente no mercado desde fevereiro de 2009, quando da entrada em vigor da Lei 11.795/08, o consórcio de serviços de qualquer natureza tem como uma de suas principais características os múltiplos usos que os consorciados têm feito quando das contemplações.
De um pequeno projeto de instalação hidráulica ou elétrica, comuns nos lares brasileiros, até reformas ou ampliações residenciais, passando por realização de festas ou eventos, procedimentos médicos na área da saúde, viagens a turismo ou a negócios, além de cursos no país ou exterior, entre outros, o consórcio de serviços mostrou, em recente levantamento, que a ampla diversidade de necessidades do brasileiro pode ser solucionada de forma simples, econômica e objetiva.
“Ao considerar que o consumidor brasileiro está cada vez mais atento às suas finanças pessoais, familiares e até empresariais, o conhecimento sobre as peculiaridades do Sistema de Consórcios o tem levado a optar pela modalidade em muitas oportunidades, comprovando que seus diferenciais são mais vantajosos que outros meios de parcelamento disponíveis no mercado financeiro e mais adequados aos orçamentos”, esclareceu Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Ao verificar a destinação dos créditos no último ano, é possível constatar a flexibilidade e compreender o sucesso obtido. No período, os serviços Residenciais, como pequenas reformas, serviços de hidráulica e eletricidade, decoração, ajardinamentos, pintura, responderam por 52%.
Na sequência, ficaram Festas e Eventos, como formaturas e aniversários, com 5%; Saúde e Estética, como cirurgias reparadoras, entre outras, com 4%; Turismo, como viagens e passeios; Educação, como cursos de graduação, pós e MBA; e os Odontológicos, com 2% cada. Houve ainda os oftalmológicos com 1%. Em razão da grande diversidade de aplicações, 32% foram classificados em “Outros” como, por exemplo, blindagem de veículos, ar condicionado para frigoríficos, entre tantos.
“Uma das razões determinantes para o incremento do consórcio de serviços tem sido o crescente conhecimento sobre Educação Financeira, com consequente adoção de novos hábitos do consumidor como priorizar o planejamento de suas finanças, considerar os limites de capacidade para assumir novos compromissos financeiros ou, evitar as chamadas compras por impulso”, explicou Rossi.
“Os constantes avanços, ano após ano desde 2009, são decorrentes dos custos finais mais baixos e adequados, parcelas mais acessíveis, prazos mais longos, manutenção do poder de compra e ampla liberdade na utilização dos créditos em um ou mais objetivos pessoais, familiares ou até empresariais após a contemplação”, completou.
Homens são maioria
A pesquisa, em seu cômputo final, revelou que do total de participantes 98% são pessoas físicas, sendo 63% de homens e 37% de mulheres. Os restantes 2% são pessoas jurídicas.
O resultado obtido junto às administradoras associadas presentes no setor, anotou que, nos grupos em andamento, o prazo médio ficou em 51 meses e o valor médio dos créditos esteve em R$ 16,25 mil. As cotas comercializadas variaram do mínimo de R$ 3,5 mil ao máximo de R$ 72 mil.
A taxa média mensal de administração exercida ficou em 0,411% ao mês. Os índices de correção, praticados nos contratos e que proporcionam o poder de compra do consorciado por ocasião da contemplação, foram: IGPM, com 60%; IPCA, com 20%, e INPC, com 20%.
Quadro resumo