Contemplados optam por celular, tablets e notebooks, aponta pesquisa. Linhas Branca e Marrom completam os preferidos.
“O consórcio, para quem planeja, evita a compra por impulso e pratica o consumo responsável, continua sendo a melhor forma de adquirir bem ou bens de forma parcelada”, destaca o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi.
Com a retomada gradativa da economia, o consórcio de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis anotou crescimento bastante acima de índices de outros segmentos em âmbito nacional.
Levantamento realizado pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, demonstrou que a média mensal das vendas de novas cotas que era de 2,42 mil em 2018 aumentou pouco mais de 88% e atingiu pouco mais de 4,56 mil unidades em 2019.
A evolução resultante dessa alta pode ser observada na comparação dos totais de participantes ativos nos últimos cinco anos, especialmente desde o mais baixo do período – 27,5 mil em 2016 – até 67,2 mil em dezembro do ano passado: alta de 144,4%.
Ao planejar as finanças pessoais, considerando a capacidade financeira em cumprir seus compromissos, o consumidor tem programado melhor as novas compras e evitando aquisição por impulso.
O casal Pâmela Alves e Thiago Daniel Rodrigues de Santana, moradores no bairro de Pirituba, em São Paulo, consorciados em mais de uma oportunidade, já adquiriu bens como televisor, cama, mesa, etc. A esposa, ao aderir recentemente à terceira cota, explicou que “o objetivo é mobiliar o quarto do meu primeiro filho, que deverá chegar em breve. Planejando com antecedência, fica mais fácil pagar as parcelas, além de mais barato”.
Para o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi, “ao longo dos últimos anos, nota-se um consumidor mais atento à gestão de suas disponibilidades financeiras mensais, planeja seus compromissos dentro de limites orçamentários, procura por parcelas acessíveis e custos menores, a fim de manter os objetivos de qualidade de vida ao atualizar seus eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, muitas vezes, pelo consórcio”.
A preferência pelos eletroeletrônicos
Estudo feito perante às administradoras que atuam nesse segmento, apresentou 60% de consorciados do gênero masculino e 40% de feminino, para o total de 90% de pessoas físicas. Os demais10% são de pessoas jurídicas.
Entre os contemplados que adquiriram seus bens, eletroeletrônicos, celulares, tablets e notebooks foram os mais procurados com 26%. Praticamente empatados, ficaram os da chamada Linha Marrom, que inclui televisores, aparelhos de som, vídeo, com 19%, e os da Linha Branca, com geladeiras, fogões, lavadoras, com 18%.
Na sequência, vieram os demais bens móveis duráveis como camas, mesas, cadeiras, guarda-roupas, sofás e armários, que atingiram 12%. Classificados como “outros”, com 25%, tivemos bicicletas, bicicletas elétricas, armários e arquivos para escritório etc.
O levantamento mostrou que o valor médio dos créditos contratados aumentou e variou de R$ 1,5 mil a R$ 62,9 mil, gerando a média de R$ 8,2 mil. O prazo médio de duração dos grupos foi de 60 meses, com taxa média de administração de 0,322% ao mês, tendo o IGP-M como principal indexador de correção do crédito.
“O consórcio, para quem planeja, evita a compra por impulso e pratica o consumo responsável, continua sendo a melhor forma de adquirir bem ou bens de forma parcelada. Seja individual, familiar ou empresarial, a aquisição é mais simples e econômica. Pode ser eletroeletrônico, veículo, imóvel ou, até mesmo, a contratação de serviço de qualquer natureza”, completa Rossi.
Resumo no quadro